Título: O Legado dos Van Alen
Série: Blue Bloods
Autor(a): Melissa de la Cruz
Editora: iD Editora
Ano: 2012
Páginas: 400
Tradução: Rafael Gustavo Spigel
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“O Legado dos Van Alen” é o quarto livro da série Blue Blood, publicada pela iD Editora. Os livros anteriores são: Vampiros de Manhattan, O Baile de Máscaras e Revelações.
Eu sei que essa série não é muito conhecida aqui no Brasil, então deixa eu fazer um resuminho…
Blue Bloods é uma série sobre vampiros e, ao mesmo tempo, é uma série sobre anjos caídos. Como pode isso? A coisa funciona mais ou menos assim: a espécie dos blue bloods são vampiros que se alimentam de sangue, mas ao mesmo tempo suas almas pertencem aos anjos caídos, aqueles que foram expulsos do céu quando Lúcifer se rebelou contra Deus. As almas desses blue bloods são imortais, mas não seus corpos. É por isso que, de tempos em tempos, eles deixam o corpo e reencarnam. A princípio eles não se lembram de quem são, mas quanto mais velhos ficam, vão recuperando suas lembranças. Somente 400 deles podem existir ao mesmo tempo. Ser vampiro é um castigo imposto a esses anjos.
A história tem um foco em Schulyer Van Alen – uma garota com um nome bem esquisito – que estuda na Duchesne School, uma das escolas privadas mais vip de Nova York. A Duchesne School não é uma escola só de blue bloods, mas como os blue bloods fazem parte da nata da sociedade nova iorquina, todos acabam estudando lá. O problema é que a família Van Alen, apesar de ser uma das famílias mais tradicionais de blue bloods, já não tem mais tanto dinheiro e Schulyer acaba sofrendo um certo preconceito quanto a isso. Além do mais, a garota foi criada pela avó porque sua mãe está em coma desde que ela nasceu e ela não sabe quem é seu pai. O único amigo de Shulyer é Oliver, seu fiel escudeiro.
Em ‘Vampiros em Manhattan”, temos toda a introdução da história. Uma garota da escola é encontrada morta e sem nenhum sangue no corpo. Schulyer descobre ser uma blue blood, assim como sua arqui-inimiga da escola, a popular Mimi Force. Shulyer resolve investigar sobre o assassinato e acaba descobrindo a existência dos Silver Bloods. Já em ‘O Baile de Máscaras’, Shulyer vai para Veneza atrás de seu avô para conseguir informações. Agora ela já não é mais tão sozinha e, além de Oliver, pode contar com Bliss (ex-amiga de Mimi Force). Nesse segundo volume ficamos sabendo a real identidade de sua mãe e mais uma porção de coisas sobre os blue bloods e temos ainda o início de um romance proibido. Em Revelações, Shulyer é afastada do avô que acabou de se tornar um tipo de líder dos blue bloods. Para sua alegria ela é obrigada a morar justamente na casa da família de Jack, por quem ela está apaixonada. O que chama atenção no terceiro livro é que boa parte da história se passa no Rio de Janeiro e a autora passou uma péssima impressão sobre nosso país. Além do mais, parece que finalmente a coisa começa a esquentar e a história ganha um sentido. Lúcifer parece estar querendo se libertar do Inferno e voltar para acertar as contas com os outros anjos! No final do livro, Schulyer é acusada de um crime que não comentou e se mete numa enrascada. Por fim ainda temos a uma revelação surpreendente sobre a verdadeira identidade de Bliss.
E é bem nessa pegada que começa o quarto livro. Schulyer foge junto com Oliver para não ser julgada pelo crime do qual foi acusada injustamente. Os dois partem para diversos lugares do mundo, até que vão parar na França onde sofrem um ataque de Silver Bloods. E nesse momento Jack surge para salvar a moça e provocar seus sentimentos. Cansada de fugir, Schulyer decide que é hora de voltar para casa. Bliss está vivendo uma verdadeira dupla identidade. Seu “hospedeiro malígno” não dá chance a ela de viver uma vida normal, mas aos poucos ela descobre mais sobre ele e sobre como impedí-lo. Mimi Force está numa missão em busca da irmã de Bliss, que carrega uma alma muito importante para os Blue Bloods e acaba descobrindo que talvez Jack não seja o único capaz de aquecer seu coração.
Muitas coisas interessantes acontecem nesse quarto livro e finalmente entendi qual é o sentido dessa história. Tirando o fato dos Blue Bloods serem vampiros, o que interessa mesmo nessa história é a batalha entre Lúcifer, demônios, anjos caídos e arcanjos. Quando terminei de ler o terceiro livro tive a certeza de que essa história não era para mim e cheguei a pensar em desistir de ler. Mas como o quarto livro estava para ser lançado, resolvi dar mais uma chance para a série e acabei mudando um pouco de ideia. Dessa vez a história me pegou de jeito.
Acho que parte do motivo que me deixou insatisfeita com a série é o fato dos livros demorarem muito para serem lançados. Como a história é confusa, é importante ter todos os detalhes do livro anterior bem frescos na cabeça para que o livro seguinte flua melhor. Então, com a demora na publicação dos livros, cada vez que pegava um volume para ler, já tinha me esquecido de muita coisa e acabava demorando muito para engatar na leitura. Como li o terceiro livro há pouco tempo, esse quarto livro ficou bem mais interessante porque me lembrava de todos os detalhes.
Então imagino que quem começar a ler a série hoje, já com 4 volumes publicados, vai ter uma experiência bem melhor que a minha! rs… Não posso dizer que mudei de opinião completamente sobre essa série, mas com certeza me animei para ler o próximo volume!
